Se existe um motor que transformou carros “normais” em manchetes ambulantes, é o Hellcat: um V8 6.2 supercharged que colocou sedã de família, SUV de 7 lugares e até picape off-road no mesmo clube de potência que muita gente só via em supercarro.
O Que É O Motor Hellcat (E Por Que Ele Virou Um Ícone)
Quando as buscas por “motor Hellcat 6.2 supercharged” explodiram na última década, não foi por acaso. O Hellcat é um motor V8 6.2 (HEMI) com compressor mecânico (supercharger), criado para entregar força brutal de forma imediata e com um som que mistura borbulho de V8 americano com o assobio metálico do compressor.
Na prática, ele ficou famoso por três motivos:
- Potência absurda de fábrica, com versões que passaram de 700 cv e chegaram a mais de 1.000 cv em carro de produção.
- Aplicação “sem freio”: entrou em muscle cars, sedã, SUVs e picape.
- Cultura e legado: virou sinônimo de excesso, e excesso vende sonho.
Importante: este artigo lista carros de produção que saíram de fábrica com motor Hellcat (ou variações Hellcat), focando em modelos da Dodge, Jeep e Ram. Conceitos e protótipos não entram.
E já que estamos falando de um V8 que depende de ignição forte e controle preciso, vale abrir outra aba com este tema que muita gente ignora até dar problema: Por Que Os Carros Trocaram O Distribuidor Pelas Bobinas De Ignição (Coil Pack).
Todos Os Carros De Produção Com Motor Hellcat (Dodge, Jeep E Ram)
Abaixo, a lista completa dos principais carros de produção com motor Hellcat, com o foco em versões oficiais e reconhecidas por terem saído de fábrica com o 6.2 supercharged (em calibrações diferentes). Os números de potência podem variar por ano/mercado/combustível, mas a essência é a mesma: torque enorme, tração sobrando (ou faltando) e um pacote feito para aguentar pancada.
| Modelo | Anos (aprox.) | Potência (aprox.) | Perfil |
|---|---|---|---|
| Dodge Challenger SRT Hellcat | 2015–2023 | 707–717 hp | Muscle car clássico, RWD |
| Dodge Challenger SRT Hellcat Redeye | 2019–2023 | 797 hp | Foco em arrancada, mais pressão e refrigeração |
| Dodge Challenger SRT Super Stock | 2021–2023 | 807 hp | Drag legalizado: pneus e acerto para saída forte |
| Dodge Challenger SRT Demon | 2018 | Até 840 hp | Arrancada extrema, pacote dedicado |
| Dodge Challenger SRT Demon 170 | 2023 | Até 1.025 hp | O ápice: E85, números de pista e exagero total |
| Dodge Charger SRT Hellcat | 2015–2023 | 707 hp | Sedã insano, “carro de família” que humilha esportivo |
| Dodge Charger SRT Hellcat Redeye | 2021–2023 | 797 hp | Sedã com pacote mais agressivo e amplo acerto |
| Jeep Grand Cherokee Trackhawk | 2018–2021 | 707 hp | SUV com AWD e desempenho de supercarro em linha reta |
| Dodge Durango SRT Hellcat | 2021–presente | 710 hp | SUV 3-fileiras com AWD e aceleração improvável |
| Ram 1500 TRX | 2021–2024 | 702 hp | Picape off-road de alta velocidade, estilo Baja |
Dodge Challenger Hellcat: A Porta De Entrada Para O Caos
O Dodge Challenger SRT Hellcat virou referência porque ofereceu, por um preço “realista” dentro do universo de alta performance, um nível de potência que anos antes parecia reservado a carros muito mais caros. É o tipo de carro que faz a pesquisa “Challenger Hellcat 0-60” aparecer antes mesmo de você terminar de digitar.
O grande ponto aqui é o pacote: além do motor, há reforços de arrefecimento, transmissão preparada e modos de condução que tentam domar a entrega. E sim: como todo Hellcat raiz, ele gosta de fazer duas coisas com perfeição:
- Queimar pneu traseiro (com ou sem sua permissão).
- Ganhar velocidade rápido demais para qualquer avenida comum parecer larga o suficiente.
Se você curte a parte “mecânica” por trás desses monstros, este outro assunto conecta direto com a vida real de quem tem carro forte: Erros De Manutenção Que Estão Deixando Seu Mecânico Rico E Colocando Sua Segurança Em Jogo.
Redeye, Super Stock E Demon: Quando 700 Não Era “O Bastante”
O Hellcat “normal” já era exagerado. Só que a Dodge decidiu que exagero podia virar linha de produtos. Foi assim que surgiram as variações mais famosas:
- Hellcat Redeye: mais potência, mais pressão, mais resfriamento e mais foco em aceleração repetível (sem morrer de calor depois de uma puxada).
- Super Stock: mais perto de um “carro de pista de arrancada” com placa, com pacote pensado para largada e tração.
- Demon e Demon 170: o motor Hellcat levado ao limite industrial, com ajustes para combustível de maior teor (como E85, onde aplicável) e números que mudaram o jeito de medir “carro rápido” no mundo a combustão.
Existe um detalhe que muita gente esquece: para um carro de produção aguentar esse nível de torque, não é só “aumentar boost”. Entra reforço interno, arrefecimento mais inteligente e estratégia de entrega de potência. Quer um paralelo técnico (sem ser Hellcat) sobre como materiais e engenharia mudam tudo em motor forte? Leia: Motores Automotivos: A Verdade Brutal Sobre a Guerra Entre Ferro Fundido e Alumínio.
Charger Hellcat: O Sedã Que Fez Sentido E Nenhum Ao Mesmo Tempo
O Dodge Charger SRT Hellcat é um capítulo especial porque é, ao mesmo tempo, “carro de família” e arma de reta. Quatro portas, espaço de verdade e a capacidade de deixar esportivo caro desconfortável quando o semáforo abre.
Na vida real, ele representa um tipo raro de produto: um sedã que não pede desculpas por ser irracional. E quando veio o Charger Hellcat Redeye, a lógica foi simples: se dá para fazer mais rápido, por que não?
Se você gosta desse contraste entre tecnologia moderna e soluções agressivas, vale clicar neste tema que está virando obsessão nas picapes atuais (e tem tudo a ver com segurança e controle): Ford Pode Desligar Sua Picape Mesmo Com A Chave Roubada: Como O Start Inhibit Protege F-150 E Super Duty.
Jeep Trackhawk E Durango Hellcat: A Era Dos SUVs Sem Vergonha
O Jeep Grand Cherokee Trackhawk provou uma tese perigosa: com tração integral (AWD), um SUV pesado pode sair com violência e repetir desempenho com consistência. Para muita gente, ele foi o primeiro contato com a ideia de “SUV mais rápido com motor a combustão” dentro de um pacote relativamente “usável”.
Já o Dodge Durango SRT Hellcat levou a insanidade para o território do “impossível”: até sete lugares, porta-malas, AWD e aceleração que parece mentira quando você vê o tamanho do carro. E o mais curioso é que ele não virou apenas meme: virou objeto de desejo real, inclusive como carro único para quem quer espaço, presença e performance sem trocar de veículo.
Aliás, a discussão “combustão versus eletrificação” sempre aparece quando o assunto é Hellcat, porque ele virou símbolo de uma era que não pedia desculpas por beber combustível. Se você quer entender por que tanta gente está reavaliando escolhas, aqui vai um clique que rende horas de debate: Mais Compradores Estão Abandonando Carros Elétricos E Voltando Para Gasolina.
Ram 1500 TRX: Hellcat Na Terra, No Cascalho E No Ar
A Ram 1500 TRX é a prova de que “motor Hellcat” não foi só sobre arrancada. A proposta aqui é diferente: alta velocidade no fora de estrada, suspensão preparada para impacto, estrutura reforçada e um conjunto que aguenta abuso de verdade.
Sim, é grande. Sim, é pesada. E justamente por isso o efeito é tão teatral: ver uma picape desse tamanho acelerar forte e fazer barulho de supercharger é uma experiência sensorial que viraliza fácil, seja em vídeo curto, seja em encontro automotivo.
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Saiba mais…
- “Quais carros têm motor Hellcat?”
Dodge Challenger (Hellcat/Redeye/Super Stock/Demon/Demon 170), Dodge Charger (Hellcat/Redeye), Jeep Grand Cherokee Trackhawk, Dodge Durango SRT Hellcat e Ram 1500 TRX. - “Existe Chrysler com Hellcat?”
Em produção, a aplicação ficou concentrada em Dodge, Jeep e Ram. A marca Chrysler não teve um modelo de linha com Hellcat. - “Hellcat é HEMI?”
Sim. O Hellcat é um V8 6.2 da família HEMI, com supercharger e calibrações diferentes conforme o veículo. - “Qual é o Hellcat mais forte de fábrica?”
Entre os carros de produção, o Challenger SRT Demon 170 é o mais extremo, com potência que pode passar de 1.000 hp em condições específicas de combustível. - “Por que o Hellcat ficou tão famoso?”
Porque entregou potência de supercarro em carros relativamente acessíveis (para o nível de performance), com som, presença e excesso como identidade.
