Adeus de um Ícone: Tudo Sobre o Exclusivo BMW Z4 FINAL EDITION e Sua Produção Limitada

Manual ou automático pelo mesmo preço? Veja a escolha difícil no último Z4 com motor seis cilindros e 382cv.

É o fim de uma era dourada para os amantes da condução a céu aberto. A montadora bávara decidiu puxar a tomada da terceira geração de um de seus ícones mais reverenciados. O BMW Z4 FINAL EDITION chega não apenas como um carro, mas como um manifesto de despedida, marcando o encerramento da produção conjunta com a Toyota na fábrica da Magna Steyr, na Áustria. Com uma janela de fabricação curtíssima — apenas entre fevereiro e abril de 2026 — este modelo promete ser uma das peças mais raras e cobiçadas da década, misturando uma estética “sinistra” com a pureza mecânica que os puristas imploravam para ter uma última vez.

A Escuridão Antes do Silêncio: Design Exclusivo

Para um carro que simboliza o “último suspiro” de uma linhagem, a BMW escolheu não sair de cena com cores vibrantes, mas sim com uma elegância sombria e intimidante. O visual do Z4 Final Edition é definido pela pintura exclusiva Individual Frozen Black metálica. Diferente de um preto comum, o acabamento fosco absorve a luz, destacando as linhas musculares do roadster de uma forma que lembra projetos de customização extrema como o Lamborghini Urus Novitec, onde a agressividade visual é a prioridade absoluta.

A estética “stealth” é reforçada pelo pacote Shadowline, que elimina qualquer traço de cromado clássico. Grade frontal, retrovisores e saídas de escape recebem acabamento em preto brilhante, criando uma silhueta quase invisível à noite, exceto pelas pinças de freio M Sport em vermelho vivo — um “aviso de perigo” visual que quebra a monocromia. As rodas seguem a lógica de performance escalonada: aros 19 na frente e 20 na traseira, garantindo que a tração traseira tenha borracha suficiente para lidar com a potência.

No interior, a experiência é igualmente imersiva. A cabine mistura couro Vernasca preto com Alcantara, costurados com linhas vermelhas que percorrem o painel e as portas, criando um ambiente que respira automobilismo. É um nível de detalhe que nos lembra o cuidado artesanal visto quando a Toyota declarou guerra à Rolls-Royce com o Century Coupe, mas aqui, o foco é puramente no motorista e na estrada.

O Dilema do Purista: Manual ou Automático?

Sob o capô longo e esculpido, reside a joia da coroa: o motor seis cilindros em linha B58, capaz de entregar 382 cavalos de potência. No entanto, a BMW fez algo inusitado e brilhante para esta edição final. Pelo preço fixo de US$ 78.675, o comprador enfrenta uma escolha filosófica sem custo adicional: a conexão analógica ou a velocidade digital.

“A BMW apresenta uma dicotomia para o purista: a escolha entre a conexão tátil do câmbio manual ‘Handschalter’ de 6 marchas e a eficiência implacável da transmissão automática de 8 velocidades.”

Optar pelo manual não é apenas escolher trocar marchas; é escolher um carro com alma diferente. A versão manual recebe um tratamento de chassi exclusivo, com molas específicas, barras estabilizadoras reforçadas e um software de direção recalibrado para maximizar o feedback da pista. Embora seja ligeiramente mais lenta no 0 a 100 km/h (4,2 segundos contra 3,9 do automático), a sensação de controle total é impagável.

Para quem busca números brutos de aceleração, o automático de 8 marchas é a escolha lógica, aproximando o Z4 de monstros de performance como o novo Porsche 911 Turbo S 2026, embora em categorias diferentes. Contudo, analistas de mercado preveem que os modelos manuais serão os “unicórnios” nos leilões futuros, dado que a combinação de seis cilindros, tração traseira e três pedais está praticamente extinta.

Por Que Este Carro Será uma Mina de Ouro?

A estratégia da BMW com a Final Edition é clara: criar escassez artificial baseada em restrições reais de produção. Com a fábrica da Magna Steyr encerrando a linha do Z4 e do Toyota Supra em abril de 2026, não haverá “segundo lote”. Quem comprou, comprou.

Isso coloca o Z4 Final Edition no mesmo patamar de exclusividade de lançamentos restritos, como quando a Nio lançou um carro limitado a apenas 555 unidades. A fórmula para valorização futura aqui é perfeita:

  • Produção Limitada: Apenas três meses de fabricação.
  • Fim de Linhagem: O último de sua espécie (combustão pura, roadster).
  • Configuração Única: Pacote completo de opcionais (Head-up display, Harman Kardon) sem custo extra.

Estamos vendo um movimento similar acontecer com ícones americanos, como o retorno explosivo e final dos motores V8, visto no Jeep Wrangler Moab 392. O mercado está sedento por máquinas que celebram a engenharia mecânica antes da transição total para a eletrificação.

O BMW Z4 Final Edition não é apenas um carro para ser dirigido nos fins de semana ensolarados; é um ativo financeiro e um pedaço da história automotiva. O fim da parceria com a Toyota, que gerou tanto o Z4 quanto o Supra, deixa um gosto agridoce. Enquanto a Toyota planeja seguir sozinha com um novo Supra, o futuro do Z4 é incerto, possivelmente retornando apenas como um elétrico na plataforma Neue Klasse. Por isso, para quem ama o cheiro de gasolina e o som de um seis cilindros cortando o vento, esta é, literalmente, a última chamada.

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